Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Texto: Cárila Covas
Na noite desta quinta-feira, 22 de maio, o Estádio Municipal Cícero de Souza Marques foi palco de uma das atuações mais memoráveis da história do Red Bull Bragantino. Um jogo que começou com a tensão de uma missão difícil terminou em festa e emoção - e com um nome ecoando nas arquibancadas: Lucas Barbosa.
Após a derrota por 1 a 0 no jogo de ida contra o Criciúma, em Santa Catarina, o Massa Bruta precisava reverter o placar para seguir vivo na Copa do Brasil. Um empate no agregado significava mais uma disputa de pênaltis - como havia acontecido nas duas fases anteriores. Mas o Braga queria (e merecia) mais. E naquela noite, diante de sua torcida, não deixou dúvidas: entrou para vencer.
Às 21h30, a bola rolou. Com menos de 10 minutos, Eduardo Sasha, de pênalti, abriu o placar e acendeu a esperança. O que veio depois foi poesia em forma de futebol. Aos 18 minutos, Lucas Barbosa, que ainda buscava seu primeiro gol na temporada, mostrou personalidade: cobrou pênalti com a canhota, no canto direito do goleiro, e virou protagonista.
Mas ele não parou por aí. O terceiro gol do Braga veio com a assinatura dele, de novo. Após escanteio de Jhon Jhon, Barbosa subiu mais alto e testou com firmeza, fazendo o 3 a 0. O estádio já fervia. O torcedor já sorria. Mas ainda faltava o toque final.
E ele veio em grande estilo. Cruzamento perfeito de Nacho Laquintana e, pela terceira vez na noite, Lucas Barbosa voou - literalmente - para fazer história com mais uma cabeçada certeira. Hat-trick! O primeiro da carreira profissional do camisa 21, seus primeiros gols pelo Braga e, simbolicamente, o primeiro hat-trick da história do Estádio Municipal Cícero de Souza Marques.
O apito final selou a vitória por 6 a 0 e abriu espaço para os registros históricos:
E se a noite foi de brilho individual, o coletivo não ficou para trás. Segundo o Sofascore, Lucas Barbosa somou três gols, dois passes decisivos, quatro de cinco passes longos certos, sofreu duas faltas e teve 60% de aproveitamento nos duelos.
Ao seu lado, o maestro Jhon Jhon brilhou! O camisa 10 liderou os jogos de volta da terceira fase em passes decisivos (6) e grandes chances criadas (2). De seus pés surgiram duas assistências que ajudaram a construir o placar mais simbólico da história recente do clube.
Jhon Jhon pela Copa do Brasil no Estádio Cícero (Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino)
Vindo do banco no intervalo, o uruguaio Thiago Borbas contribuiu com dois gols e esteve no time da rodada do Sofascore, junto ao goleador da noite. Lucas Barbosa somou 9.3, e Borbas, 8.6.
O BRAGA VEIO PRA VENCER!
E venceu com autoridade, com alma, com coração. Liderou os confrontos decisivos da terceira fase em gols marcados e mostrou um jogo coletivo eficiente, direto, certeiro.