Goleiro participou de sua última partida neste domingo, diante do Fluminense, no Brasileirão

Apesar da derrota para o Fluminense por 1 a 0, na 38ª rodada do Brasileirão, o domingo foi marcante para a torcida Massa Bruta e, particularmente, para o camisa 1 do Red Bull Bragantino, o goleiro Julio Cesar.

Depois de mais de 400 jogos e 13 títulos por Corinthians, Náutico, Santa Cruz, Red Bull Brasil e Red Bull Bragantino, Julio se despediu oficialmente dos gramados neste domingo. Pela equipe de Bragança Paulista, o goleiro entrou em campo em 68 partidas, tendo sido fundamental na conquista do Campeonato Brasileiro da Série B em 2019.

Antes da bola rolar, no Nabizão, Julio recebeu uma camisa autografada por todos os seus companheiros de clube e também uma homenagem no gramado, antes do aquecimento: um vídeo exibido no telão do estádio trouxe mensagens de figuras importantes na trajetória do camisa 1, pelos clubes em que passou, e também de sua mãe, esposa e filhos.

“Eu conheci minha esposa quando eu tinha 17 anos. Passamos por muitas coisas juntos. Aí vieram meus filhos. Minha mãe acompanhou minha carreira toda e, hoje está com a saúde um pouco debilitada, mas sou privilegiado dela ter acompanhado tudo isso de perto. Eles me ajudaram a construir essa carreira, com erros e acertos, mas que me orgulho muito. Difícil não me emocionar por vê-los ali. Muito obrigado à minha mãe, minha esposa e aos meus filhos”, disse Julio, em entrevista coletiva após o jogo.

O goleiro também agradeceu ao Red Bull Bragantino e indicou os próximos passos de sua carreira. “Bragança já é a minha cidade, que me acolheu tão bem. Ainda vou conversar com o Thiago (Scuro – diretor do Red Bull Bragantino). Ele acreditou em mim quando muitos não acreditaram, sou muito grato e quero retribuir, agora fora de campo, da maneira que eu puder”, revelou Julio. 

Querido por torcedores de Bragança Paulista e também por fãs de outros clubes no País, Julio Cesar destacou, por fim, aquela que é uma de suas principais características. “Eu olho para trás e o mais importante nem são os títulos. São as amizades que construí nesse período, no futebol”.