tagsem 22/05/2025
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De Gustavinho a Gustavo Neves: a história de 100 jogos e um legado em construção no Red Bull Bragantino

Gustavo Neves recebe o quadro em homenagem aos 100 jogos completados (Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino)

Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Texto: Cárila Covas

Quando Gustavo Neves entrou em campo pela 100ª vez com a camisa do Red Bull Bragantino, no jogo diante do Palmeiras pelo Brasileirão, mais do que uma marca numérica, ele cravava seu nome na história do clube. Natural de Goiânia, o meio-campista é o primeiro jogador da base do Braga a atingir esse número pelo time profissional - um feito que simboliza não apenas sua evolução pessoal, mas o amadurecimento do projeto esportivo do clube.

Gustavo chegou em Bragança Paulista em 2021, ainda como Gustavinho, um adolescente de 16 anos, tímido, recém-saído da casa dos pais e cheio de sonhos. "Foi muito difícil no começo. Sentia muita saudade da minha família. Tive que ficar trancado no quarto por conta da pandemia. Mas o clube me deu todo o apoio e tive muitos parceiros que me ajudaram nesse início", relembrou.

Na base, foram 30 jogos e 12 gols, divididos entre o sub-17 e o sub-20. Mas um momento em especial ficou marcado na memória do garoto goiano: seu gol na goleada por 6 a 0 sobre o Jaguariúna, pela estreia da Copinha 2022, o primeiro do clube com o nome Red Bull Bragantino no torneio. "Foi muito especial. Era minha primeira Copinha e fazer aquele gol foi uma felicidade enorme."

O talento do garoto logo chamou atenção. Em um amistoso do sub-23 contra o elenco profissional, surgiu a oportunidade de subir para treinar com o time de cima. "Ali foi meu maior desafio. Eu não sabia se ia ficar ou se ia voltar para a base. Tinha que dar meu máximo todos os dias." Deu certo: Gustavo ficou. E Gustavinho virou Gustavo Neves.

A escolha do nome nas costas da camisa acompanha essa virada de chave. "Era um novo momento, um novo ciclo. Achei que fazia sentido assumir meu nome completo."

Gustavo Neves soma 100 jogos, diversos momentos marcantes e um crescimento pessoal refletido também fora de campo. Virou pai durante essa trajetória e carrega com orgulho o apoio recebido do clube nesse momento especial. "Foi maravilhoso. Fiquei muito emocionado. O clube me deu um suporte incrível."

Com o Red Bull Bragantino, Gustavo viu o time se transformar: participou da consolidação do Centro de Formação de Atletas (CFA), da construção do Centro de Performance e Desenvolvimento (CPD), da transição do Estádio Nabi Abi Chedid para o Estádio Municipal. E sonha com o próximo passo. "Tenho um sonho de ser campeão com essa camisa e jogar na nova arena. Quero ser espelho para os meninos que estão vindo da base, como um dia eu fui."

Dentro de campo, Gustavo já deixou sua marca em gols, assistências e atuações decisivas, mas leva no coração o aprendizado ao lado de nomes como Sasha, Lucas Evangelista e Raul, além de amigos da base que o acompanharam na transição, como Talisson, Bruninho, Douglas Mendes e Guilherme Lopes. "A conexão com o Gui e o Jhon Jhon foi instantânea. Estar com um elenco jovem ajuda muito no entrosamento. O Sasha foi fundamental, sempre com conselhos e uma palavra amiga."

E se hoje Gustavo Neves é referência e símbolo da formação do Massa Bruta, nada disso seria possível sem a base - e, claro, sem sua base familiar. "Não existiria o Gustavo sem meu pai, o José. Ele me levava e buscava nos treinos, sempre me apoiou. Minha família é tudo para mim."

Gustavo Neves chegou como promessa. E virou realidade.

A entrevista completa com Gustavo Neves estará em breve disponível no YouTube da Massa Bruta TV - com um final super especial. Não perca!

Gustavo recebe o quadro de 100 jogos da família (Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino)

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